terça-feira, 27 de março de 2012

A Negação Do Laicismo Militante em Harbermas

Eu só acho que os fundamentos para um ateísmo politicamente motivado ou, melhor dizendo, para um laicismo militante também têm, em amplo sentido, decaído. Durante meu tempo de estudante, foram acima de tudo teólogos tais como Gollwitzer e Iwand que ofereceram respostas moralmente responsáveis às questões políticas que nos desafiavam após a guerra. Foi a Igreja Confessante que, então, com seu reconhecimento de culpa, tentou, pelo menos, um novo começo. Em ambas as confissões [católica e evangélica], leigos e teólogos
formaram associações de esquerda que buscaram libertar a igreja de suas alianças confortáveis com o poder estatal e com as condições sociais existentes. Elas buscaram renovação, ao invés de restauração, e
estabelecimento de padrões universais de julgamento no ambiente político público. Com seu testemunho exemplar e com sua amplamente efetiva mudança de mentalidade, surgiu um modelo de engajamento religioso que rompeu com a convencionalidade e interioridade de uma confissão meramente privada. Com uma compreensão não dogmática da transcendência e da fé, este engajamento levou a sério os alvos mundanos
da dignidade humana e da emancipação social. Ele uniu-se, em uma arena polifônica, com outras forças que pressionavam por uma democratização radical.

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