quarta-feira, 14 de março de 2012

Religião de Israel No Período Helenístico






Apenas Algumas Questões 



A)Saduceus

Os saduceus eram sacerdotes que defendiam que defendiam a resistência a qualquer renovação na teologia e no culto no templo de Israel oriundo do helenismo, apesar de adotarem a cultura helênica como estilo de vida, se consideravam guardiões da lei mosaica e guardiões da tradição, e meticulosamente procuravam excluir a influencia estrangeira. Adotaram a imposição de leis para manter a pureza cultura, dentre elas a proibição de casar-se com residentes do pais que não pertenciam a comunidade do templo judaico.
Eles também eram exímios defensores das leis do templo, e defendia a aplicação literal da lei escrita, eles rejeitavam a tradição oral e rejeitavam idéia não documentadas na lei escrita. Por isto rejeitavam a idéia dos fariseus de ressurreição dos mortos e negavam de forma veemente a existência de anjos e espíritos.

B)Apocaliptismo

É um movimento muito importante e o mais relevante na esfera religiosa do templo de Israel no período helenístico. E foi um movimento decisivo na história da formação do cristianismo.
O Apocaliptismo inspirou a revolta dos Macabeus, deu origem e manteve a comunidade dos essênios, alimentou a guerra romano-judaico e mais tarde a revolução de Bar Kokeba; mas ele também foi o intermediário da herança de israel e sua tradição profética para João batista e Jesus e seus seguidores, serviu de ponte entre o novo e antigo testamento e alem disso, o Apocaliptismo foi fator decisivo em movimentos de protesto, renovação e libertação em formas posteriores tanto do judaísmo como do cristianismo.
Alguns conceitos teológicos deste movimento são;
Os conceitos de caos e criação são dominados por elementos provenientes da mitologia médio-oriental. A criação é entediada como resultado de uma batalha contra poderes caóticos. O futuro também é visto como uma batalha contra o caos que levará a uma reconstituição cósmica da criação. A renovação não resulta de eventos históricos, mas de uma revolução drástica e catastrófica a acontecer no céu e também na terra. A nação e o povo eleito não constituem ais uma identidade. Somente os eleitos em Israel que observam os mandamentos divinos estão destinados a participar da bem-aventurança futura. Os descrentes e desobedientes em Israel serão devidamente castigados.
A teologia da história é substituída pela sabedoria. O conhecimento da situação individual deriva não das experiências políticas da historia da nação, mas da compreensão da situação humana. O conhecimento da conduta pessoal correta num mundo dominado pelo mal só pode ser obtido a partir de um entendimento das realidades cósmicas ais amplas. Filosofia e gnose são, portanto, os ingredientes consistentes do pensamento apocalíptico.
Os conceitos apocalípticos só sobreviveram em movimentos sectários: os Essênios, os fariseus e os cristãos, e de forma mais radical no gnosticismo, onde a rejeição da história se transformou em principio metafísico.


C) Essênios

São uma seita que evoluiu dos círculos dos assideus, cujo protesto contra a helenização do culto em Jerusalém desencadeou a revolta dos Macabeus. Os essênios construíram um complexo comunitário no desetro no local de uma antiga fortaleza israelita há muito em ruínas.  Escavações neste lugar encontrou importantes inscritos, os chamados manuscritos do mar morto.
Eles se consideravam o verdadeiro povo de Deus, a aliança renovada dos últimos dias.
Eles defendiam uma pureza cultural, que envolvia a observância dos rituais da lei, com o acréscimo de algumas peculiaridade essenicas, entre as quais a introdução de um calendário solar, organizado de modo a evitar que as principais festas caíssem num sábado. As normas de pureza pertencem a orientação escatológica básica dos essênios. Como se consideram os eleitos, destinados a desempenhar um papel decisivo nas batalhas do fim dos tempos, eles precisavam viver em constante preparação para guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevaz. A orientação escatológica da comunidade aparece em todos os aspectos de sua vida.
Eles desapareceram da história depois que os romanos destruíram Qumrã.


D) Os fariseus

Os fariseus apareceram na época das primeiras comunidades cristãs, os fariseus aparecem como um grupo de leigos, advogado, escribas e sacerdotes, Seu principal intento é alcançar um objetivo religioso, especificamente, o cumprimento da lei e a preservação das tradições paternas sob as condições de um mundo mudado. Um elemento importante do helenismo presente no farisaísmo é seu individualismo. A separação de observância com relação ao culto do templo e ao contexto imediato da comunidade cultural possibilitava ao individuo cumprir a lei mesmo quando vivia puro e impuro. Outra característica helenística de piedade para a qual os fariseus desenvolveram uma analogia judaica é misticismo. Em nosso estado atual de conhecimento é difícil determinar quanto tempo depois o misticismo rabínico (cabala), para não mencionar o gnosticismo.
Os fariseus constituíram uma associação organizada informalmente em torno de interesses comuns; seu único laço institucional era a casa-escola comum que, como uma escola filosófica, oferecia, oferecia instrução aos jovens. Depois de catástrofe de guerra romano-judaica, a reorganização do judaísmo segundo o espírito e a tradição do farisaísmo transformou a instituição da escola em sua base e esta se manteve como característica do judaísmo rabínico.

E) Teologia da sabedoria experiencial

A Teologia de sabedoria de Israel acontece de longa data a teologia da sabedoria do período helenístico. Foi um fenômeno internacional, e essas tradições se desenvolveram a parti da experiência de muitas gerações em vários aspectos da vida. A transmissão da sabedoria exigia tradição solidamente estabelecida e fundamentava-se na função do mestre da sabedoria. O inicio da teologia da sabedoria está ligado ao surgirmento do apocaliptismo, mas seus caminhos se separaram, laços continuaram existindo durante muito tempo. Segundo a sabedoria se dirige aos seres humanos em sua relação com seu destino, que é tão divino quanto a origem de que eles procedem. Desse modo, pessoas sábias e justas são fundamentalmente, e mesmo metafisicamente, distintas ds não-justas.
A sabedoria ocupou posição importante também na teologia apocalíptica, embora de modo diferente. Aqui a sabedoria só chega por meio de revelação como um segredo que visões, sonhos êxtases desvelam.
O conhecimento do mundo não está mais na experiência e observação da natureza, mas deriva de visões inspiradas de coisas no céu e na terra inacessíveis á observação humana, O sábio é um possuidor de inspirados segredos; baseados neles, ele revela o futuro, instrui outras pessoas sobre o passado e mostra como ambos determinam o presente. Um fenômeno típico desse conceito do sábio é expresso com freqüência na pseudo-epigrafia, quando escritos aparecem sob o nome de um homem sábio do passado, como Enoc ou Daniel.






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